Como destaca Paulo Twiaschor, quem trabalha na construção civil sabe que orçamentos estourados, atrasos no cronograma e erros de execução são problemas recorrentes nos canteiros de obras. Muitas vezes, essas falhas acontecem por falta de integração entre os setores envolvidos e pela dificuldade de visualizar o projeto em todas as suas fases. Para enfrentar esses desafios, uma ferramenta vem ganhando cada vez mais espaço: o BIM (Building Information Modeling).
Quer obras mais organizadas, econômicas e sem imprevistos? Descubra como o BIM pode transformar seus projetos e garantir mais eficiência do início ao fim!
O que é o BIM e como ele funciona?
O BIM, sigla para Building Information Modeling, é uma metodologia que permite criar representações digitais completas de edificações, incluindo informações técnicas, especificações de materiais, cronograma de execução e estimativas de custo. Segundo Paulo Twiaschor, esses modelos virtuais são muito mais que simples desenhos em 3D: eles funcionam como bancos de dados integrados, que acompanham a obra desde a concepção até a manutenção pós-entrega.
Na prática, arquitetos, engenheiros e demais profissionais envolvidos no projeto trabalham de forma colaborativa em um único ambiente digital. Assim, alterações feitas em qualquer parte do modelo são atualizadas em tempo real para todos os participantes, o que evita erros de comunicação e inconsistências no projeto. Além disso, o BIM permite simulações e análises antecipadas, como testes de desempenho estrutural, consumo de energia e compatibilidade entre instalações.
Como o BIM ajuda a reduzir erros durante a obra?
Erros de compatibilidade entre sistemas hidráulico, elétrico e estrutural são algumas das falhas mais comuns em obras convencionais. Como, muitas vezes, cada disciplina trabalha de forma isolada, essas falhas só são descobertas durante a execução, gerando retrabalho, atrasos e aumento de custos. O BIM resolve esse problema ao integrar todas as áreas em um modelo único, permitindo que inconsistências sejam identificadas antecipadamente.
Além disso, o BIM permite a simulação virtual da obra antes de qualquer atividade no canteiro. Com isso, é possível visualizar conflitos, ajustar detalhes e testar soluções alternativas, garantindo que o projeto chegue à execução muito mais maduro e seguro. De acordo com Paulo Twiaschor, essa antecipação reduz drasticamente a necessidade de improvisos e correções de última hora, que normalmente resultam em desperdício de materiais e mão de obra.
Outro ponto importante é o controle de revisões e atualizações. No método tradicional, alterações no projeto podem não chegar a todos os envolvidos a tempo, causando erros de execução. Com o BIM, todas as mudanças são feitas no modelo central e automaticamente comunicadas a todos, evitando falhas de comunicação e garantindo a execução correta de cada etapa.
De que forma o BIM contribui para a redução de custos?
Um dos maiores ganhos do BIM está na previsibilidade financeira. Como o modelo integra informações sobre materiais, mão de obra e prazos, é possível calcular com mais precisão os custos da obra desde o início. Além disso, o sistema permite simular diferentes cenários e comparar orçamentos antes de tomar qualquer decisão, otimizando recursos e evitando gastos desnecessários.
Por fim, como expõe Paulo Twiaschor, a redução de retrabalho e desperdício de materiais é outro fator que impacta positivamente no orçamento. Com os conflitos de projeto identificados ainda na fase de planejamento, evita-se a quebra de paredes, remanejamento de tubulações ou adaptações de estrutura durante a obra. Menos retrabalho significa menos desperdício e, consequentemente, menos dinheiro perdido.
Autor: Aleeskeva Pavlova
