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Tecnologia revolucionária usa luz contra o câncer de mama e promete salvar milhares de vidas

Uma nova esperança surge no campo da oncologia com o desenvolvimento de um protótipo inovador que utiliza luz contra o câncer de mama para facilitar o diagnóstico precoce da doença. A tecnologia é voltada especialmente para mulheres com tecido mamário denso, uma condição que afeta cerca de 40% das pacientes e dificulta a precisão dos exames tradicionais como a mamografia. Este novo método tem potencial para detectar lesões que normalmente passariam despercebidas, ampliando significativamente as chances de cura.

O funcionamento do exame que utiliza luz contra o câncer de mama baseia-se em imagem molecular aprimorada, conhecida pela sigla MBI. Esta versão avançada aplica um traçador radioativo em baixa dose que ilumina áreas suspeitas de conter tumores. Diferente da mamografia, que se apoia em contrastes visuais, a luz detecta alterações celulares com maior precisão, mesmo em regiões densas da mama onde tumores e tecidos se sobrepõem nas imagens convencionais.

A densidade mamária é um desafio constante no diagnóstico do câncer. Tecidos densos aparecem esbranquiçados nos exames, dificultando a identificação de tumores que também se manifestam na mesma coloração. O uso de luz contra o câncer de mama permite uma visualização clara e diferenciada das áreas comprometidas, superando essa limitação e promovendo mais segurança no diagnóstico. Isso representa um grande avanço principalmente para mulheres que enfrentam dúvidas frequentes após mamografias inconclusivas.

O projeto é liderado por instituições de renome como a Universidade de Newcastle e a University College London em parceria com a empresa Kromek. A tecnologia com luz contra o câncer de mama está em fase de testes desde 2022, contando com um investimento de 2,5 milhões de libras. Os resultados preliminares são animadores e sugerem que em breve o exame poderá ser incorporado aos protocolos clínicos de rastreamento oncológico, elevando os padrões de detecção.

Entre os diferenciais do equipamento está a emissão de até oito vezes menos radiação em comparação aos métodos tradicionais, mantendo a acurácia das imagens. O sistema é capaz de gerar imagens tridimensionais altamente detalhadas a partir de varreduras mais rápidas. Esta característica torna o exame mais confortável e seguro para as pacientes, reforçando o papel da luz contra o câncer de mama como uma ferramenta moderna e promissora no combate à doença.

Além de proporcionar diagnósticos mais precisos, a aplicação da luz contra o câncer de mama pode resultar em tratamentos iniciados ainda nas fases iniciais do tumor, quando as chances de cura superam 90%. A detecção precoce é o fator que mais contribui para o sucesso terapêutico, e a adoção de novas tecnologias que viabilizem isso é uma estratégia essencial para reduzir a mortalidade causada pela doença. Por isso, especialistas em todo o mundo acompanham de perto os testes do novo equipamento.

Mesmo com os avanços, os especialistas reforçam que a mamografia ainda é a principal forma de rastreio enquanto a nova tecnologia não é aprovada para uso em larga escala. O Brasil, segundo dados recentes do Ministério da Saúde, aumentou em 5,7% o número de mamografias realizadas em 2023 comparado a 2019. Entretanto, a falta de informação ainda afeta muitas mulheres. Apenas 66% sabem que a mamografia é o principal exame de detecção, o que evidencia a importância de campanhas de conscientização.

Diante de números alarmantes como os mais de 73 mil novos casos por ano estimados pelo Instituto Nacional de Câncer, a luz contra o câncer de mama surge como um marco promissor. Casos detectados tardiamente reduzem drasticamente as chances de cura e exigem tratamentos mais agressivos. Iniciativas como essa podem mudar esse cenário, democratizando o acesso a diagnósticos mais eficazes e salvando milhares de vidas por meio da inovação científica e do investimento em saúde feminina.

Autor: Aleeskeva Pavlova

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